
Seu maior inimigo mora entre suas orelhas
8 de novembro de 2025
Seu maior inimigo mora entre suas orelhas
8 de novembro de 2025
Elas estão na sua cabeça e você nem imaginava.
(Spoiler: elas estão dirigindo sua vida e você só assiste)
Sabe aquele cheiro de café fresco, recém-passado, e que bastou cheirar prá, na hora, sentir que está na cozinha da casa da avó ? Sinto muito em te contar, mas este é apenas um dos truques que nosso cérebro usa….e ele adora os truques que se transformam em atalhos…. Agora imagina que alguém descubra esse truque e comece a usar contra você. É exatamente isso que as idéias dominantes fazem!
As IDÉIAS DOMINANTES usam esse truque-atalho: entram pelo cheiro do “sempre foi assim”, pelo gosto doce do “todo mundo faz”, pelo toque macio do “não complique” – e se instalam na sua vida como se fossem idéias suas. Você acorda um dia odiando segunda-feira (será que odeia mesmo ou será que te ensinaram a odiar?), achando que precisa casar antes dos trinta e que homem não chora (de boa…você acha mesmo isso ??). E aí está você, vivendo uma vida que parece um filme onde esqueceram de te avisar que você era o protagonista, não o figurante. Essas ideias têm cheiro de velho, gosto de requentado e textura de mentira repetida mil vezes até virar “verdade”.
Na família, você trabalha num emprego que odeia porque “seu pai construiu isso pra você”. No trabalho, engole a ideia brilhante que teve para aquele projeto porque…sei lá, qualquer desculpa, tipo… “aqui sempre foi diferente”. Aquele frio na barriga não é medo – é seu corpo gritando que você está traindo sua própria inteligência.
Na escola, ensinam que decorar é aprender, que errar é fracassar, que obedecer é ser sábio. Resultado? Adultos que recitam fórmulas mas não pensam e que confundem obediência com sabedoria. Aí você passa a vida mordendo a língua e apertando o cinto – não da calça, da alma mesmo.
Nosso cérebro tem uma preguiça monumental. Somente ele, o Sr. Cérebro, gasta 20% de toda a energia do corpo. Então ele criou um sisteminha chamado de “viés de confirmação”, que, resumindo, significa: Aí, Sr. Resto do Corpo…. vamos continuar acreditando no que já acreditamos porque parar prá pensar cansa.
As ideias dominantes exploram isso: chegam como “tradição” e nosso cérebro diz “opa, este pensamento / idéia / argumento já está pronto! Não preciso fazer força para analisar a situação”. A neurociência mostra que cada pensamento repetido cria uma autoestrada neural. As ideias dominantes são rodovias de seis pistas onde você dirige no piloto automático.
Mas, como já disse o poeta William Ernest Henley: “Sou o senhor do meu destino, sou o capitão de minha alma”. Entendeu ?? CAPITÃO, e não passageiro.
Vamos combinar sem drama: você não é culpado pelas ideias que te enfiaram na cabeça. Mas agora sabe do truque e tem uma escolha deliciosa. Comece pequeno: questione por que toma café sempre no mesmo horário. Almoce sobremesa primeiro. Pergunte “por que não?” em vez de aceitar “porque sim”.
Quando você para de ser refém das ideias dominantes, não vira arrogante – vira mais VOCÊ. Mais leve, curioso, vivo. Então respira fundo (sente esse cheiro de possibilidade?), estica os braços e assume o leme. O mar é grande, o céu é seu, e você sempre foi o capitão. Só tinha esquecido disso.
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Um convite: hoje, questione UMA ideia que você nunca questionou. Só uma. E observe o que acontece. A vida adora quem ousa pensar.
